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segunda-feira, 5 de julho de 2010

A auto-hemoterapia faz a diferença e avança no primeiro mundo, mas é ignorada no Brasil

por Marcio Fonseca Mata

O Brasil, ou melhor, as autoridades brasileiras poderiam se interessar mais pelo que está acontecendo na medicina natural no resto do mundo. A imunoterapia (Auto-hemoterapia), por exemplo, que tem por base o sangue do próprio paciente, continua surpreendendo médicos e pesquisadores nos Estados Unidos. Duas matérias recentes republicadas pelos jornais O Globo e Jornal do Brasil chamam a atenção para essa realidade. Os artigos tiveram destaques nos jornalões The New York Times e The Independent.
A matéria assinada pelo jornalista Jeremy Laurence do The Independent, republicada no Globo, destaca que um homem de 52 anos com melanoma avançado ( forma letal de câncer de pele) foi tratado com sucesso com o próprio sangue.
De acordo com Laurence, o feito foi recebido por especialistas como um significativo avanço do uso da auto-hemoterapia, quando é retirado o sangue do próprio paciente e aplicado imediatamente no músculo do braço ou da nádega. Isso, segundo os especialistas, reforça o sistema imunológico do corpo e combate a doença.
É importante salientar que muitos médicos aqui no Brasil utilizam esse tratamento há mais de 70 anos, conforme relato do renomado médico carioca Luiz Moura em um vídeo disponibilizado na internet desde 2004 e que tem ajudado milhões de brasileiros.
Os pesquisadores americanos revelaram que o homem tinha um melanoma em estágio quatro, considerado o mais avançado, em que a morte acontece poucos meses depois do diagnóstico. O câncer, que normalmente é adquirido por queimaduras do sol, teve início num sinal de nascença na pele e rapidamente se disseminou para um nódulo linfático na virilha e para o pulmão. Mas dois meses de tratamento com o próprio sangue, um exame de ressonância magnética mostrou que não havia mais tumor. Ao fim de dois anos, os médicos fizeram mais uma revisão e o homem permanecia livre da doença. É importante dizer que antes do tratamento com auto-hemoterapia, ele tinha se submetido a uma cirurgia e tomado remédios sem apresentar qualquer resposta positiva ao tratamento.
Para o médico Cassian Yee, responsável pelo tratamento no Centro de Pesquisa do Câncer Fred Hutchinson, em Seattle, uma em cada quatro pessoas com melanoma em último estágio apresenta o mesmo tipo de sistema imunológico que o paciente tratado. Para esse grupo, a terapia poderia ser bem sucedida. O Dr. Yee ressaltou que o teste foi feito em apenas um paciente e que mais estudos são necessários.
_ Ficamos surpresos com o efeito antitumoral dessas células e com a duração da resposta_ afirmou o cientista. _ Para este paciente o tratamento foi um sucesso, mas precisamos confirmar a eficácia do tratamento num estudo mais amplo.
O que as autoridades brasileiras deveriam saber é que esse teste foi publicado na revista “New England Journal of Medicine” e descreve a auto-hemoterapia como “uma nova estratégia” que aponta “uma possível nova direção” para diversos tratamentos.
Já o jornalista Alan Schwarz publicou reportagem de página inteira no The New York Times, republicada pelo Jornal do Brasil, destacando a auto-hemoterapia no tratamento de inflamação no cotovelo e de tendinite no joelho para todo tipo de atletas. Segundo especialistas em medicina esportiva, a técnica da auto-hemoterapia é rica em plaquetas, eficaz e fácil de aplicar. Tal constatação foi revelada após o tratamento com o próprio sangue de dois dos maiores astros do super Bowl ( futebol americano). Hines Ward e Troy Polamalu, da equipe do Pittsburgh Steelers, se submeteram ao tratamento após vencer o Super Bowl.
De acordo com a matéria, pelo menos um lançador de beisebol da liga norte-amareicana, cerca de 20 jogadores profissionais de futebol e centenas de atletas amadores já passaram pelo tratamento, ou seja, usaram a auto-hemoterapia com o objetivo de curar seus ferimentos. Segundo os médicos, a técnica ajuda a regenerar ligamentos e fibras do tendão, o que poderia encurtar o tempo de reabilitação e evitar a cirurgia.
Diz a reportagem que a pesquisa sobre os efeitos do plasma rico em plaquetas ganhou um gás nos últimos meses, com a maioria dos médicos alertando para o fato de que estudos mais rigorosos são necessários. Outra corrente de pesquisadores suspeitam que o procedimento poderia se tornar uma linha de tratamento cada vez mais atrativa por razões médicas e financeiras. Aí cabe salientar que esse fenômeno vem se agigantando no Brasil, onde cerca de 12 milhôes de pessoas, segundo cálculos de especialistas, fazem uso da auto-hemoterapia.
Registro o recebimento de centenas de e-mails e telefonemas de pessoas comentando nosso artigo “Mais de 12 milhões de brasileiros fazem auto-hemoterapia” no Pôr do Sol de março, declarando ser usuárias da auto-hemoterapia. Muitas queriam conhecer essa notável terapia que continua crescendo no Brasil e fora daqui. Alguns depoimentos serão inseridos no livro que vai ser lançado brevemente sobre o assunto.

Contato: marciofonseca76@hotmail.com - tel. 8737-8779
Marcio Fonseca Mata é jornalista e escritor.